Tropa de Elite 2 começa bem depois do primeiro. Capitão Nascimento agora virou subsecretário de segurança do Rio. Devido a uma série de acontecidos e a época de eleição, ele chega a esse cargo. Como ele diz, é o posto mais alto que um Caveira já chegou. E ele usa desse poder para combater o tráfico de drogas. Mas com isso, os bandidos começam a enxergar outras formas de ganhar dinheiro e assim surgem as milícias.
O filme agora deixa de focar na maconha e no playboy e entra mais fundo na ferida. Ele escancara essa ferida ao mostrar que o culpado agora são os políticos e os corruptos, que se utilizam de qualquer ferramenta e crime para se tornarem mais poderosos e se elegerem em época de eleição, com apoio das milícias.
Antes tido por muitos como herói e por muitos outros como fascista, Nascimento ganha aqui todo o foco narrativo. Os dilemas, os problemas que ele enfrenta são muito bem interpretados pelo ótimo Wagner Moura. Muito mais sério esse filme, o grande alivio do filme fica pela canastrice e belas ótimas frases proferidas pelo Fábio (Millhen Cortaz) como “Pica das galáxias”.
O filme é muito tenso e com excelentes cenas de ação. Tudo isso graças a direção de Padilha e a ótima montagem de Daniel Rezende, que monta as sequências com a finalidade de te deixar extremamente aflito e pensando como que tal situação vai terminar. ( Um parabéns a parte pelo trailer, que te deixa com vontade de ver o filme e não entrega praticamente nada da trama).
Tropa de Elite 2 vai atrair multidões aos cinemas, disso não tenho dúvida. Muitos sairão vibrando, outros questionando as ações e mais uma parcela continuando achar que o filme tem um quê de fascista. Aplaudido na minha sala por todos, é um dos poucos filmes nacionais do ano que valem o ingresso.
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